Linha de pesquisa: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
PROPONETE:
Leandro de Oliveira Pires
Engenheiro Civil – UFG
Licenciando em Filosofia –
UFT Especializando em Ética e Ensino de Filosofia - UFT
A proposta deste minicurso é
defender a visão racionalista do filósofo René Descartes, apresentando uma
forma filosófica de resolver problemas reais do cotidiano através da matemática.
O intuito é desenvolver o raciocínio cartesiano aplicando-o em situações reais.
Inicialmente iremos estudar o
pensamento filosófico de Renê Descartes em seu desenvolvimento diacrônico,
destacando aspectos interessantes da sucessão temporal de seu pensamento
filosófico racionalista e suas relações e, a partir dai, fugindo do
anacronismo, usar sua contribuição para esclarecer e melhorar o entendimento
das ideias definidas de maneira universal pela matemática. A matemática é ao
mesmo tempo lógica e abstrata, trabalha com padrões e conjecturas de tempo,
espaço, forma, quantidade, variações destes, estatística e etc. A aritmética se
resume às quatro operações matemáticas: soma, subtração, multiplicação e
divisão. Descartes ainda fala de uma quinta operação, que seria a extração de
raízes, que nada mais é do que uma forma especifica de divisão. A geometria
seria uma primeira forma de observarmos elementos cotidianos e usarmos a
aritmética para solucionarmos, tais como distâncias, curvas, planos, objetos espaciais
e fazermos comparações entre dois elementos claramente distintos.
Especificamente em relação à
obra Discurso do Método de
Descartes, daremos destaque à segunda parte, em
que o filósofo demonstra como conceber de forma nítida e distinta os objetos, ou
seja, as regras do Método e à quarta parte, onde é apresentada a aplicação do
Método na metafísica, na qual é demonstrado como compreender a verdade do mundo
externo e Deus através da razão, descrevendo o sentido e a finalidade da
realidade como um todo.
Dando sequência, iremos
apresentar três situações claras e distintas para aplicar o Método Cartesiano,
aproveitando o ensejo para entender alguns conceitos matemáticos e resolver as
questões levantadas nestas situações.
A primeira situação, “O idade
de Maria”, será introduzido o conceito de soma junto com o Método. O intuito
dessa análise é demonstrar o quanto uma simples soma nos ajuda a entender todos
os pontos abordados pela situação, e a partir dessa análise concluir que a
solução pode estar escondida atrás da provocação.
A segunda situação, “O dilema
de Phelps”(Paradoxo de Zenão de Eléia), usaremos a multiplicação junto com o
Método para entender um conceito matemático
um pouco abstrato, o
infinito. É importante que o conceito de analise infinitesimal, criada pelo
filosofo alemão Leibniz a partir do Método Cartesiano, fique clara para que
compreendamos duas coisas: o infinito nem sempre é algo inatingível ou
ilimitado; infinitas possibilidades pode ser uma solução real.
Por ultimo, e não menos importante,
trataremos do problema da “Travessia do rio”, onde um grupo de pessoas precisa
atravessar um rio em um barco, mas existem várias verdades associados à
travessia que faz com que a situação tenha que ser analisada juntamente com
esses vários aspectos de verdade. Esta situação não exige aritmética de forma
especifica, mas servirá para compreendermos o valor de uma verdade.
Referências.
DESCARTES, R., Discurso do método. São
Paulo: Martins Fontes, 2001
PIAUÍ,
William de Siqueira, MATEMÁTICA E METAFÍSICA EM LEIBNIZ: O Cálculo Diferencial
e Integral e o processo psíquico-metafísico da percepção. Theoria –